sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Flamengo - Campeão Brasileiro de 2009


O Campeonato Brasileiro de Futebol de 2009 foi a 39ª edição da principal divisão do futebol brasileiro. A disputa ocorreu entre maio e dezembro, já pelo regulamento com disputa por pontos corridos.

Com o ataque de Adriano (Imperador) e o sérvio Petkovic, o Flamengo fez uma campanha surpreendente de recuperação na segunda fase do Campeonato Brasileiro, dirigido pelo técnico Andrade. Na última rodada, o Flamengo era o único time que poderia ser campeão, sem depender dos resultados dos outros jogos. Outros candidatos ao título, estavam o Internacional, Palmeiras e São Paulo, que precisavam ganhar e torcer para o tropeço do Flamengo.


Mas valente, o time rubro negro venceu de virada o último jogo, por 2x1, contra o Grêmio, com gols dos zagueiros David e Ronaldo Angelim. O Flamengo foi campeão brasileiro após 17 anos.

Flamengo - Campeão Brasileiro de 1992

Flamengo - Campeão Brasileiro de 1987


Desde sua primeira edição em 1971, o Campeonato Brasileiro de Futebol já havia sido chamado de Taça de Ouro e Copa Brasil. O Campeonato Brasileiro de 1987 ficou conhecido como Copa União e tinha o nome oficial de “João Havelange”. “União” foi apenas um nome simbólico aproveitado posteriormente para ser usado em homenagem a um dos patrocinadores ao mesmo tempo em que representava aquele histórico momento de superação no qual se agrupavam os principais clubes de futebol do país em torno de um único objetivo, apesar de toda rivalidade que sempre existiu.

O campeonato foi organizado pelos mais consagrados clubes de futebol do País, algo semelhante ao que acontece hoje com as famosas Ligas Européias que organizam a primeira divisão dos principais campeonatos nacionais deste continente como na Inglaterra, Alemanha, Itália, etc. 87 foi o ano da revolução no futebol brasileiro. Revoltados com o imenso prejuízo nos últimos anos, os treze maiores clubes do país bateram o pé, enfrentaram a CBF.

Tamanha era a falta de crédito da CBF que alguns clubes tradicionais até já ameaçavam não disputar o campeonato nacional caso a CBF ficasse novamente como "organizadora" da competição. Santos, Corinthians e São Paulo já havia se recusado a participar do Campeonato Brasileiro de 1979 em boicote ao excesso de clubes. Em 1987, a CBF passava por uma grave crise econômica, confusão administrativa devido a disputas políticas internas entre os dois presidentes e seguidas acusações de compra de votos pela eleição dos dois novos dirigentes da entidade no ano anterior. Então em junho de 1987, Octávio Pinto Guimarães, presidente da entidade, anunciou publicamente via imprensa que a CBF não tinha condições financeiras de organizar o Campeonato Brasileiro daquele ano. Notícia que em seguida foi confirmada também pelo seu vice-presidente Nabi Abi Chedid que além de confirmar a situação deu todo o aval para que o presidente do São Paulo F.C., na época Carlos Miguel Aidar, tomasse a iniciativa de convencer os principais clubes do Brasil a fundarem uma associação que os representassem e teria como primeiro objetivo a organização do Campeonato Brasileiro de 1987.

Na manhã de sábado do dia 4 de julho de 1987 no Morumbi foi fundado a “União dos Grandes Clubes do Futebol Brasileiro - Clube dos Treze” que reunia os representantes dos 12 principais clubes de futebol do país na época mais a inclusão do Bahia que também estava presente (oficialmente a ata de assinatura data do dia 11 de julho de 1987). Os membros fundadores da associação foram os quatro grandes de São Paulo: Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos; os quatro grandes do Rio de Janeiro: Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo; os dois grandes de Minas Gerais: Atlético-MG e Cruzeiro e os dois maiores do Rio Grande do Sul: Internacional-RS e Grêmio, incluindo o Bahia que de acordo com um levantamento feito pelo Jornal do Brasil representavam juntos na época 95% de todas as torcidas do futebol brasileiro [1]. O idealizador do evento, Carlos Miguel Aidar, foi eleito também o presidente da nova entidade, permanecendo no cargo até abril de 1990.

Reunidos na nova associação, apesar das ameaças de desfiliação por parte da CBF, com o respaldo da FIFA, agregaram um novo elemento ao mundo do futebol brasileiro, ou pelo menos inédito: o projeto de marketing. Patrocinados pela Varig (para os custos com as viagens), Rede Globo de Televisão (para venda dos direitos de transmissão), Dover (empresa de plásticos), Editora Abril e a Coca-Cola que estampou seu logotipo na camisa de todos os clubes com exceção de Flamengo (Petrobrás), Corinthians (Kalunga) e Palmeiras (Agip), São Paulo (Bic) e Internacional-RS (Aplub), pois estes já tinham patrocínio próprio e deveriam cumprir contrato. Assim, o Clube dos 13 acabou com a dependência que o nosso futebol tinha do paternalismo governamental e da CBF, e organizou a Copa União, que representaria o Campeonato Brasileiro daquele ano com o apoio da própria CBF.

Apesar das divergências e a inegável insatisfação histórica dos clubes com a Confederação. A criação da Copa União só surgiu após uma conciliação entre a CBF e o Clube dos 13, já que uma desobediência à entidade poderia provocar reações da FIFA.

A única exigência da CBF para a realização da Copa União pelo Clube dos 13 era que se incluísse pelo menos mais três clubes de Estados diferentes [2]. Cumprindo a exigência da CBF o Clube dos 13 pediu as Federações dos estados de Goiás, Paraná e Pernambuco, que cada uma indicasse um representante para entrar como convidado no torneio. Os outros tês clubes indicados pelas Federações Goianiense, Paranaense e Pernambucana foram respectivamente: Coritiba, Goiás e Santa Cruz que na época em suas respectivas regiões tinham melhor desempenho em campeonatos nacionais e também eram os mais populares formando assim um total de 16 participantes no torneio.

Não houve critérios técnicos para a escolha dos outros três participantes e em contrapartida, deixaram de fora o Guarani-SP, e o América-RJ, respectivamente vice-campeão e 4ª colocado do ano anterior, ainda assim a CBF não fez qualquer objeção quanto a isso, pois excluir da disputa da competição do Campeonato Brasileiro os clubes com colocações regulares no campeonato anterior não seria uma prática exclusiva do Clube dos 13. Por diversas vezes, a própria CBF promoveu novamente clubes rebaixados, rebaixou clubes que não tinham caído para a Segunda Divisão e já havia usado até a melhor média de público como critério de classificação (sempre com o mesmo intuito de beneficiar os grandes clubes). Em outras oportunidades também a CBF não promoveu clubes que venciam a Segunda Divisão (como no caso do Villa Nova-MG campeão em 1971 não ter ido para a elite do futebol em 1972, o Sampaio Corrêa-MA em 73 e a Juventus-SP em 84).

A idéia da Copa União era de diminuir os prejuízos obtidos nos jogos sem importância contra clubes menores, pois como a CBF havia desistido de organizar o campeonato alegando falta de recursos para arcar com as despesas, então “quem pagaria a conta desses jogos menores seriam os grandes clubes”, por isso, a solução alegada pelos maiores clubes do país foi de selecionar os competidores conforme a tradição e popularidade que esses clubes tinham a nível nacional.

Em 1986 a CBF não realizou a Segunda Divisão, os clubes da Série B disputaram o mesmo campeonato com os clubes da Série A. O campeonato nacional de 1986 ficou marcado por ser um dos mais desorganizados de todos, contou com a participação de 80 clubes e ficou meio confuso distinguir quem estava na primeira divisão ou não no ano seguinte. O Conselho Nacional de Desportos e a CBF decidem que os 24 melhores colocados da Copa Brasil de 1986 disputariam a 1ª divisão do ano seguinte. O CND como maior instância esportiva na época, era também a maior autoridade no Futebol, não tinha apenas função normativa, mas disciplinadora e reguladora de todos os esportes. Tinha poderes plenos para fazer intervenções no Campeonato Brasileiro de Futebol, revogar determinações da CBF, contrariar a entidade e decidir questões controversas envolvendo o desporto nacional, conforme o art. 41 da Lei 6.251/75. Em 1986, o CND, desfavorecendo a CBF, deu o ganho dos pontos em favor do Joinville na partida em que seu adversário, o Sergipe, teria disputado com um jogador dopado no empate de 1x1, o que obrigou a CBF a procurar outra solução para o caso, que foi de incluir mais três clubes já eliminados, já que essa resolução deixaria o Vasco fora da competição[3]. Clubes que historicamente tinham um retrospecto regular na competição como Botafogo e Coritiba (campeão nacional de 1985) ficariam de fora dessa lista para o ano seguinte [4], mas se sentido prejudicados com o “inchaço” do campeonato entraram com um processo na Justiça Comum.

Até 1986 ainda não existia o sistema de rebaixamento, esse critério só foi adotado, na Prática por imposição da FIFA, a partir da Copa União de 1988 (que foi vencida pelo Bahia), o único critério válido para se classificar para o campeonato nacional da primeira divisão, até então, era obtendo as primeiras colocações nos campeonatos estaduais (portanto, era possível que o vice-campeão ou o 4ª colocado não disputasse o campeonato da 1ª divisão no ano seguinte). Critério que a CBF várias vezes descumpriu (como fez com a promoção do Santos no ano de 1983, pois as vagas destinadas aos clubes paulistas eram até a 8ª colocação do Paulistão e o time da Vila ficou em 9ª. O Vasco também não teria atingido o índice em 83, mesmo assim permaneceu na Série A. Em 86 a mesma história se repetiu, o beneficiado desta vez foi o Botafogo). Em 1993, já adotado o novo sistema de rebaixamento, a CBF teria descumprido mais uma vez com uma “virada de mesa” em favor do Grêmio. Em 2000 seria novamente o Clube dos 13 mais uma vez a descumprir o critério técnico recolocando o Fluminense na primeira divisão quando organizou a Copa João Havelange.
Para prestigiar seus compromissos políticos com as demais federações nacionais em 1987, a CBF organizaria dois campeonatos que foram nomeados por módulos: "Amarelo", que representaria a Segunda Divisão e os Módulos "Azul" e "Branco" que representariam a Terceira Divisão. Nos módulos "Azul" e "Branco" classificariam 12 equipes para a Segunda Divisão de 1988. Porém, esta edição da Série C não passou a ser reconhecida pela própria CBF como a Terceira Divisão do Brasileirão.

A Segunda Divisão que desde 1971 já havia se chamado de "Taça de Prata" e de "Taça CBF", dessa vez foi batizada da "Roberto Gomes Pedrosa". Quando a CBF decidiu criar o chamado "Módulo Amarelo" em 87 (Segunda Divisão), a Confederação usou como critério a participação dos clubes de menor expressão que se classificaram entre os 28 da Copa Brasil de 1986 que não estavam disputando a Copa União, mas na hora de fazer a seleção faltou com o critério quando deixou de incluir a Ponte Preta em favor do Sport e do Vitória que participaram apenas como convidados.

Mais adiante a Confederação passou a temer que os clubes de repente passassem a acreditar que ela não fosse mais útil. O que na prática ficou comprovado. Quando tudo parecia resolvido, apareceu outro grave problema. A CBF que já estava pressionada politicamente ficou ambicionada pelo enorme sucesso comercial da competição organizada pelo Clube dos 13 e se arrependeu de ter renunciada a responsabilidade de organizar a competição. Quando o campeonato já estava acontecendo, a CBF voltou atrás e quis mudar o regulamento em vigor da Copa União que já estava em disputa. Para isso, a entidade decidiu incluir de alguma forma na competição os 16 clubes do qual ela chamou de "Módulo Amarelo".
Para conciliar os interesses da CBF com o Clube dos 13, a Copa União passaria a se chamar "Módulo Verde" e, a princípio, esses clubes do chamado "Módulo Amarelo" que disputavam um campeonato paralelo à Copa União seriam apenas a segunda divisão do Brasileirão daquele ano, porém, no final deveria haver um cruzamento entre os campeões e vices de ambos os campeonatos para decidir quem seriam os dois representantes do Brasil que disputariam a Taça Libertadores da América no ano seguinte [5]. Ainda que aparentemente fosse algo absurdo, não houve qualquer relutância quanto a essa proposta e o impasse se deu como resolvido. Curiosamente uma vaga na Libertadores não interessava tanto aos clubes nacionais quanto hoje (possivelmente, isso explica o motivo dos argentinos serem os maiores vencedores da competição). Mas em seguida a CBF muda seu discurso e a partir da quinta rodada deixa de considerar a Copa União como o Brasileirão, passando a considerar também o "Módulo Amarelo" como primeira divisão juntamente com a Copa União (chamada pela CBF de "Módulo Verde"). A mudança do regulamento proposta pela CBF seria de que nesse cruzamento entre os campeões e vices dessas duas divisões também fosse decidido quem era o Campeão Brasileiro de 1987. Porém, não houve o acordo e obviamente isso acabou gerando uma grande polêmica. [6]

O Eurico Miranda, vice-presidente de futebol do Vasco (na época) teria dado motivo para a confusão assinando em nome da associação um documento que previa o cruzamento proposto pela CBF quando ficou como interlocutor do Clube dos 13, mas representava apenas como delegado, não estava autorizado a tomar uma decisão que contrariasse os interesses da entidade, no entanto, o Clube dos 13 só tomaria conhecimento da notícia via imprensa no dia seguinte. Ainda assim, nunca houvera o entendimento entre as duas partes, o regulamento original foi mantido e o Clube dos 13 com os demais representantes dos clubes em disputa da Copa União jamais reconheceram ou assinaram qualquer documento aceitando a alteração do regulamento que foi proposto pela confederação do qual obrigava o cruzamento entre os participantes dos dois módulos. Tal hipótese sequer foi cogitada.

O ""Módulo Amarelo" era composto pelos seguintes clubes : América-RJ, Atlético-PR, Atlético-GO, Bangu-RJ, Ceará-Ce, Criciúma-SC, CSA-AL, Guarani-SP, Internacional-SP, Joinville-SC, Náutico-PE, Portuguesa-SP, Rio Branco-ES, Sport-PE, Treze-PB e Vitória-BA. Como forma de protesto América decidiu boicotar o campeonato organizado pela CBF, deixando de comparecer aos jogos e perdendo todos por WO, pois estava ciente de que os participantes da Copa União nunca iriam reconhecer o ""Módulo Amarelo" como primeira divisão, e por isso, jamais iriam ceder ao cruzamento entre os dois módulos.
Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo F. C. e do Clube dos 13 fretou um jatinho particular com dinheiro do próprio bolso para assistir a grande final no Maracanã [7], pois os aeroportos estavam em greve naquele dia. Achava que ele como representante maior da entidade não poderia deixar de presenciar o título pessoalmente.

O Flamengo venceu o Campeonato Brasileiro e conquistou o seu Tetracampeonato derrotando o Internacional por 1x0 no Maracanã, com um gol de Bebeto o Rubro-Negro da Gávea levou a taça [8] [9] [10] [11] [12] [13]. O Inter tinha um grande time com Tafarell e cia, mas o elenco do Flamengo era constituído de Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho, Leonardo, Andrade, Ailton, Zico, Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho.[14] Dos onze titulares apenas o meia Aílton jamais fora convocado para a Seleção Brasileira.

Foi uma época em que a grande maioria de nossos craques ainda estavam jogando no Brasil, mas só haviam casas lotadas em dias de clássico ou em jogos decisivos. Até então os grandes clubes do futebol brasileiro tinham as emissoras como inimigas Nº 1, pois a renda era sua maior arrecadação e eles temiam que as transmissões ao vivo fossem capazes de provocar a evasão dos torcedores nos estádios. Pela primeira vez, haveria um Campeonato Brasileiro com a tabela pronta e organizada de tal maneira que todos os clubes se confrontassem antes da próxima fase com os jogos começando pontualmente com dia e horário determinado.

O Campeonato Brasileiro de 1987, (também intitulado de Copa União) organizado pelo Clube dos 13 foi sucesso de público, recorde de audiência e exemplo de organização. Derrubou o mito de que a TV afastaria os torcedores dos estádios. O que ocorreu foi justamente o inesperado: de forma surpreendente, mais torcedores passaram a frequentar os estádios. Sendo exibido em horário nobre teve recorde de audiência média de 43 milhões de telespectadores e teve público médio de 20.877 pagantes nos estádios, o segundo maior da história do Campeonato Nacional.

O Brasil inteiro e todos os órgãos de imprensa saldaram o Flamengo como Tetracampeão Brasileiro de 1987. Não por acaso, no mesmo dia acontecia a final do “Módulo Amarelo” organizado pela CBF entre Sport e Guarani-SP que após um empate na prorrogação e outro empate em 11 x 11 nos pênaltis os dirigentes dos dois clubes decidem dividir o título através de um acordo. Ironicamente, o regulamento imposto pela CBF que previa o quadrangular se tornou irrealizável já que não ficou definido quem era o vice-campeão deste módulo.

Após o fim do campeonato a CBF volta a falar em mudança do regulamento. Alegando que o regulamento foi alterado à revelia do Clube dos 13, Flamengo e Internacional-RS se recusaram a disputar o cruzamento imposto pela CBF com o apoio do Clube dos 13 e de Carlos Miguel Aidar, na época presidente do São Paulo F.C. e também do Clube dos 13, que tinha como cúmplice e comparsa o atual presidente do time do Morumbi Juvenal Juvêncio. Jogar um quadrangular decisivo não foi uma simples escolha de Flamengo e Internacional, mas o cumprimento de uma determinação do Clube dos 13 e do regulamento da Copa União que fora criado pela mesma entidade. Logo, quaisquer dos clubes que chegassem à finalíssima deveriam fazer o mesmo.[15]

O Internacional que se sagrou vice-campeão poderia se aproveitar da situação disputando outra final só para ter uma nova chance de ser reconhecido como campeão nacional daquele ano pela CBF, porém preferiu manter o acordo que já havia firmado com os demais clubes, reconhecendo o título em favor do Flamengo e demonstrando extremo exemplo de compromisso e dignidade com a entidade da qual fazia parte.

Campeão de 1987No ano seguinte, o Conselho Arbitral é convocado e julga o caso em favor do Flamengo. Dos 15 participantes do próprio "Módulo Amarelo", todos reconheceram o título do Flamengo como legítimo, com exceção apenas de Náutico, Sport e Guarani (por motivos óbvios).

As federações não tinham autonomia para dar a última palavra em questões jurídicas, em 1988 ainda vigorava a Lei 6251/1985 que firmava o CND (Conselho Nacional dos Desportos) como máxima instância esportiva da época (portanto, superior à CBF). Na quinta-feira do dia 21 de janeiro de 1988, o CND (atual STJD) votou em reunião extraordinária através de seu relator Álvaro Melo Filho e sobre a presidência do vascaíno Profº Manoel Tubino (já falecido)[16] com decisão unânime, que o Flamengo era campeão, legitimando assim o Flamengo como campeão do Campeonato Brasileiro de 87.

Apesar da Justiça Desportiva oficializar o título do Flamengo. A CBF descumpriu o feito desacatando a deliberação do seu órgão supremo, sobretudo através de seu vice-presidente Nabi Abi Chedid (inimigo político de Márcio Braga que era presidente do Flamengo na época) e insistiu na imposição de mudar o regulamento anunciando a tabela do tal quadrangular para janeiro de 1988. Ciente de que não haveria jogo algum, a CBF mantém o tal cruzamento, mas inverte os mandos de campo definindo que as partidas sejam realizadas simultaneamente em Recife e Campinas. Ao mesmo tempo as Federações pediam o "Impeachment" de Octávio e Nabi sob a acusação de negligência e de usar indevidamente o dinheiro da CBF, configurando-se a malversação de verbas.

O Sport manteve a base do seu time até o ano seguinte, ao contrário do Guarani que estava com o elenco quase todo modificado em relação ao ano anterior, pois seus atletas já haviam sido negociados a outros clubes (isso mostra que nem o próprio Guarani poderia acreditar que a CBF fosse seguir a diante com o desacato à Justiça Desportiva).

A CBF de forma desonesta e equivocada considerou o Sport como vencedor do campeonato após o Sport derrotar o Guarani em Recife e se tornar vencedor do suposto cruzamento sem vices que ocorreu sem a participação de Flamengo e Internacional, inclusive os enviando para representar o Brasil na Taça Libertadores da América de 1988, gerando dessa forma uma polêmica que persiste até hoje [17] [18][19][20]. Em seguida o Sport leva o caso a Justiça Comum, com abertura de um processo na 10ª Vara Federal de Pernambuco. O Flamengo não dá a menor importância ao processo, pois, todavia (ainda que a diretoria da CBF tenha caído em contradição), tanto a própria CBF quanto a FIFA condenam os clubes que recorrem a Justiça Comum. A FIFA não interfere julgando ou determinando os títulos de qualquer clube de qualquer país que seja, mas ela também não considera que a Justiça Comum seja um órgão competente em julgar causas esportivas e costuma punir os clubes que acionam a ela.

Apesar do desmando da CBF ao órgão do qual ela era subordinada, o título já havia sido legitimado em última instância esportiva em favor do Flamengo, dessa forma, sendo o Flamengo campeão de fato e de direito do Campeonato Brasileiro de 1987.

No ano seguinte, a CBF entra em acordo com o Clube dos 13 e retoma a responsabilidade de organizar a competição. O Campeonato Brasileiro novamente viria a ser chamando de Copa União, mantendo assim, o mesmo nome do campeonato que foi realizado pelo Clube dos 13.

Em 2000, o Clube dos 13 novamente realizaria o Campeonato Brasileiro de Futebol que foi chamado de Copa João Havelange, pois a CBF estava impedida pela Justiça. Ironicamente no mesmo campeonato havia um enunciado da tabela com um cruzamento entre clubes da primeira com a segunda divisão, porém seria uma situação bem contrária daquela que aconteceu em 1987, o cruzamento desta vez não seria imposto, já estava previsto no regulamento e plenamente acordado entre os clubes participantes desde o princípio.

Os grandes clubes do país já haviam também ratificado o título do Flamengo formalmente através do Clube dos 13 em reunião realizada no dia 24 de junho de 1988 na sede do S. E. Palmeiras em São Paulo-SP. Mas para resolver o impasse inconveniente que existia entre Flamengo e Sport, e o clube pernambucano se filiar como membro do Clube dos 13, em uma assembléia geral extraordinária da entidade em 09 de junho do ano de 1997, Flamengo e Sport registram em ata e assinam um documento que por unanimidade aprova a divisão do título de campeão brasileiro de 1987 entre os dois clubes, ou seja, o Clube dos 13 passaria a considerar o Sport também como campeão de 87, sendo na época representado pelo seu então presidente Milton Caldas Bivar. O documento foi subscrito por todos os demais clubes testemunhos e membros associados do Clube dos 13.[21][22][23] Por uma questão de formalidade, um ofício relatando o ocorrido com a cópia da ata de reunião em anexo é encaminhado a CBF pelo Clube dos 13 através do seu presidente, na época, Fábio Koff.

Apesar de continuar com o mesmo nome, o Clube dos 13 conta atualmente com 20 membros associados. Estão hoje filiados pela entidade: Portuguesa-SP, Coritiba, Goiás , Atlético-PR, Guarani-SP, Vitória-BA e o próprio Sport Recife que inclusive ocupa o cargo de conselho fiscal da liga.[24]

Embora com o tempo o Clube dos 13 tenha perdido o seu verdadeiro propósito pelo qual foi criado,[25][26] (pois hoje se limita apenas a negociar a venda dos direitos de transmissão das partidas), se não fosse pela iniciativa dessa associação, muito provavelmente, o Campeonato Brasileiro de 1987 nem teria existido.
Questionar o mérito do Clube dos 13 em organizar Campeonato Brasileiro de Futebol ou o mérito do título do Flamengo no ano de 87 seria o mesmo que questionar se existiu Campeonato Brasileiro no ano de 2000 ou ainda afirmar que um clube pode ser Campeão Nacional sem disputar pelo menos uma partida contra um dos principais clubes de futebol do país.

Fonte: Flapedia

Flamengo - Campeão Brasileiro de 1983


O Campeonato Brasileiro de Futebol de 1983 foi novamente vencido pelo Flamengo, que se tornou o terceiro clube brasileiro a conquistar um bi-campeonato (como Palmeiras e Internacional), e o segundo a chegar a três títulos, igualando o feito do Internacional em 1975, 1976 e 1979.

No aspecto mais geral, foi mantida a fórmula de disputa dos dois anos anteriores. Mas foi criada uma terceira fase de grupos antes das finais eliminatórias, e mais uma vez alteraram-se os critérios de desempate na fase final. Pelo terceiro ano consecutivo, manteve-se o acesso direto de 4 clubes da 1ª fase da Taça de Prata para a 2ª fase da Taça de Ouro. Desta vez, os beneficiados foram Guarani, Botafogo SP, Americano e Uberaba.

Mudaram também os critérios de inclusão dos clubes no campeonato, que haviam sido bastante rígidos em 1981 e 1982: o Santos, que terminou o ano como vice-campeão brasileiro, participou da Taça de Ouro como convidado, já que fora oitavo no Campeonato Paulista do ano anterior.

Fonte: Flapedia

Flamengo - Campeão Brasileiro de 1982


O Campeonato Brasileiro de Futebol de 1982 foi vencido pelo Flamengo.

Foi mantido o sistema do ano anterior, com acesso da Taça de Prata para a Taça de Ouro no mesmo ano. Desta vez, os beneficiados foram o Corinthians, América RJ, São Paulo RS e Atlético PR.

Pela primeira vez, a final foi decidida somente no terceiro jogo, com o Flamengo conquistando o seu segundo título brasileiro sobre o Grêmio no Estádio Olímpico, em Porto Alegre.

Fonte: Flapedia

Flamengo - Campeão Brasileiro de 1980


O Campeonato Brasileiro de Futebol de 1980 foi o primeiro vencido pelo Flamengo de Zico, que durante toda a década de 1980 iria colecionar títulos nacionais e internacionais. A equipe rubro-negra contava em seu elenco com jogadores como Zico, Júnior, Paulo César Carpegiani, entre outros.

Comandados pelo saudoso técnico Cláudio Coutinho, o Flamengo em 22 jogos venceu 14, empatou seis e perdeu apenas dois, marcando 46 gols e sofrendo 20. Zico foi o artilheiro do campeonato com 21 gols.

Na primeira fase os 40 clubes participantes foram divididos em quatro grupos, sendo dez em cada. Turno único e se classificando os sete primeiros colocados de cada grupo. Em sua segunda fase os 28 clubes classificados mais os quatro primeiros colocados da Taça de Prata, totalizando 32 clubes, são divididos em oito grupos com quatro clubes em cada. Em dois turnos, classificando-se para a terceira fase os dois primeiros colocados em cada grupo. Nesta fase são divididos em quatro grupos de quatro clubes, turno único, e classificando-se para a fase final o primeiro de cada grupo. Chegando, enfim, a fase final, dividindo-se as semi-finais e finais em partidas de ida e volta, classificando-se sempre o clube com o melhor resultado na soma de placares. O mando de campo no 2º jogo e a classificação em caso de empate vão para o clube com melhor campanha durante o campeonato.

No primeiro jogo da decisão, em 28 de maio de 1980, Flamengo e Atlético MG mediram forças para um público de 90.028 no estádio do Mineirão, Belo Horizonte, que resultou em vitória de 1x0 para o time mineiro, gol do centroavante Reinaldo. Jogo marcado pela violência dos atleticanos, Rondinelli, Deus da Raça, teve seu maxilar fraturado, saindo desacordado do Mineirão. O resultado não foi tão ruim para o Flamengo, já que o time não contava com seu melhor jogador, o Zico. Flamengo por ter feito melhor campanha, precisa de uma vitória com uma diferença simples. Em primeiro de junho, a Nação Rubro Negra fez a festa, com uma vitória de 3x2, com gols de Nunes(2), e Zico, descontando para o Atlético-MG o craque Reinaldo(2), conquistou seu primeiro Campeonato Brasileiro.

Os mais de 154 mil presentes assistiram a um jogo incrível. O Flamengo abriu o placar com Nunes aos sete do primeiro tempo, e um minuto depois o Atlético MG empatava com Reinaldo. Para alívio de sua torcida, o Flamengo ao final do primeiro tempo fazia seu segundo gol com Zico. Faltavam apenas 45 minutos para a consagração final, que viria de maneira emocionante. Reinaldo empatou o jogo para o Atlético MG aos 21, e o Flamengo foi só fazer o terceiro gol os 37 do segundo tempo, em uma jogada fantástica do Artilheiro das Decisões, Nunes, recebendo bola na esquerda do campo, deixa no chão o zagueiro Silvestre, e toca por cima do goleiro João Leite, festa no Maracanã, e era a conquista do primeiro título nacional pelo clube de maior torcida do Brasil.

Fonte: Flapedia